A depressão na atualidade se tornou um fenômeno significativo na forma das psicopatologias contemporâneas, ganhando destaque não apenas no campo do discurso especializado das ciências, mas, também, marcando presença na linguagem cotidiana.
Afinal, quem, nos dias de hoje, não define seu mal-estar como “depressão”? Cada vez menos ficamos tristes, vivemos lutos ou sofremos com o mal-estar próprio do ser humano.
Ao menor sinal de déficit de felicidade e de produtividade nos soa o alarme: “estou deprimido!”.
Estar deprimido é praticamente uma condição do sujeito pós-moderno. Vivemos hoje uma epidemia de depressão. Isso não é exagero. A Organização Mundial de Saúde no ano de 2001 deflagrou o alerta de que a depressão alcançou índices epidemiológicos alarmantes, a tal ponto de ser uma das patologias que mais causa perdas econômicas no mundo, ao lado do câncer, de doenças cardíacas e de doenças infectocontagiosas como a AIDS, tuberculose, etc.
Dentro dessa configuração, não é de se estranhar que os remédios ocupem o lugar de verdadeiras “pílulas de felicidade”. Ora, se o problema é uma mera disfunção corpórea, da qual a própria pessoa não tem responsabilidade, porque não fazer o uso “cosmético” dos psicofármacos?
Aqui vão algumas dicas para cuidar da saúde mental e física ao menor sinal de que algo não vai bem.
Alimentação saudável e moderada
Diz o ditado que “somos o que comemos”, portanto, é essencial ter uma alimentação contrabalançada que dê ao organismo todos os nutrientes de que ele necessita para funcionar adequadamente.
Respire!
A oxigenação é fundamental para o bom funcionamento do corpo e da mente. Faça pequenas paradas no seu dia a dia para respirar intensamente, espreguiçar-se e bocejar.
Sono reparador
A falta de sono ou má qualidade compromete o humor e coopera para o surgimento da depressão. Por isso, é importante dormir o tempo suficiente e em horários regulares. Evite atividades estimulantes, como esportes, discussões e televisão 1 hora antes de dormir. Dê prioridade ás ações tranquilizantes, como ouvir uma música suave e relaxar o corpo.
Tenha mais contato com a natureza
O contato com a natureza promove o relaxamento. Visite praças, paisagens com montanhas, rios, mar e o campo, por exemplo. Tome um banho de mar ou vá á piscina, pois a água é um fator contra o estresse e tem efeito relaxante. Ambientes fechados e atividades contínuas dentro de casa como ver televisão, computador, videogames e sons altos são estressantes e viciantes.
Seja grato
Ser grato é uma forma de perceber o quanto as pessoas a sua volta o auxiliam e o ajudam. Procure corresponder essa ajuda, o que colabora para que você perceba que não está só e que há pessoas que se importam com você. Como somos seres sociais, é importante se sentir querido.
Pratique atividades prazerosas
É importante fazer aquilo que gosta na maior parte do tempo. Trabalhar com aquilo que gosta, morar numa casa que seja agradável e aconchegante, estudar o que gosta e ter ao seu lado pessoas queridas. Nem sempre é possível mantermos atividades prazerosas o tempo todo, mas, se pudermos ligar o prazer com a obrigação das atividades do dia a dia, certamente evitaremos a depressão.
Faça atividades físicas aeróbicas regulares
As atividades físicas quando realizadas por pelo menos 30 minutos, três vezes por semana, aumentam a produção de substâncias no organismo que dão a sensação de bem-estar e disposição. Não economize naquele passeio de bicicleta ou uma simples caminhada vigorosa no parque algumas vezes na semana.
Antes de se intitular como sendo uma pessoa depressiva sem um diagnóstico feito por um profissional de saúde, passe a se auto observar mais e busque mudar os seus hábitos. Procure seu terapeuta para uma conversa - essa conversa poderá contribuir muito para seu bem-estar, mental, espiritual e físico.
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Sobre a autora
Lane Lucena, psicanalista clínica, pós-graduada em comportamento organizacional e gestão de pessoas. Pós-graduada em TEA – Transtorno do Espectro Autista. Especializações em psicopedagogia clínica e psicologia e saúde mental. Idealizadora do Viva Sua Essência e do Psiqueanalise.com. Pesquisadora da Escrita como recurso terapêutico e Facilitadora de Práticas de Atenção Plena. Criadora da Metodologia “Flor&Ser – florescendo a escrita expressiva” – um recurso que utiliza a escrita terapêutica.
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