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  • Foto do escritorLane Lucena

Quando recorrer a terapia psicanalítica infantil?


A primeira análise realizada com uma criança foi a do Pequeno Hans (Sigmund Freud, em 1909) e teve grande importância por demonstrar que os métodos psicanalíticos podiam ser aplicados também às crianças.


Naquela época, Freud já mencionava que a criança é psicologicamente diferente do adulto, não possuindo ainda um Superego estruturado. O mesmo acreditava que as resistências internas que combatemos no adulto ficam substituídas na criança por dificuldades externas.


No mundo moderno, a violência externa, doméstica e a decorrente do trânsito tem sido cada vez mais frequente nos noticiários. E, o resultado disso é um número cada vez maior de famílias angustiadas e desestruturadas.


No meio de tudo isso, a criança se torna vítima direta ou indiretamente dessa violência, seja por que, perdeu pessoas queridas e próximas, seja por que ela mesma foi vítima por meio de abusos psicológicos, físicos e/ou sexuais, numa grande maioria das vezes, provocados por seus familiares.


É evidente, porém, que estas crianças não são vítimas apenas desse tipo de violência. Muitas são as crianças que se sentem indesejadas por não terem sido planejadas por seus pais - e, ainda, há a dificuldade da ausência dos pais em razão do ritmo frenético da vida moderna que os mantém muito tempo longe de seus lares e de seus filhos, os quais, acabam sendo criados em creches, ou por parentes ou cuidadores, resultando em famílias com estruturas fragilizadas, tendo seus filhos como principais vítimas.


A clínica psicanalítica infantil é uma prática estimulante, onde o recurso lúdico (brincar) torna possível o estabelecimento de um diálogo terapêutico, pautado na necessidade de refletir não apenas nas palavras da criança, mas os sentimentos que estão além destas.


Várias questões emergem frequentemente em torno da participação dos pais no trabalho clínico desde a primeira entrevista onde se percebe a sua importância desde o início.


Os pais ou cuidadores da criança devem estar sempre atentos aos comportamentos incomuns da criança, manter uma comunicação mais próxima possível com os educadores e a escola, escutar a fala da criança e os anseios dela e buscar ajuda de um profissional especializado quando perceber alterações.






Lane Lucena ................................................................... Psicanalista Clínica, pós-graduada em comportamento organizacional e gestão de pessoas. Especializações em psicopedagogia clínica e psicologia e saúde mental. Agendamentos: 🛋️ www.psiqueanalise.com/consultorio

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