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Qual a diferença entre psicanálise, psicologia e psiquiatria?

Atualizado: 25 de nov. de 2023


Como surgiu a psicanálise?

A psicanálise teve origem no século 19, com o médico austríaco Sigmund Freud, que centrou seus trabalhos nos pacientes com sintomas neuróticos e/ou histéricos. Ao falar com seus pacientes Freud acabou descobrindo casualmente que a maioria dos seus problemas eram originados nos conflitos culturais, sendo então reprimidos os desejos inconscientes e suas fantasias sexuais.

O principal método da psicanálise é a interpretação da transferência e da resistência com análise da livre associação. O analisado em uma postura relaxada passa a contar tudo o que vem em sua mente, incluindo sonhos, desejos, fantasias etc, bem como as lembranças dos seus primeiros anos da sua vida. O psicanalista somente escuta fazendo breves comentários que leva o paciente a se autoconhecer. O papel do psicanalista é de neutralidade, um mero "espelho". Mais do que uma cura, o que se busca nas análises é a transformação da pessoa, a partir da compreensão dos seus problemas.

Qual a diferença entre psicanálise, psicologia e psiquiatria?

A psicanálise é a ciência do inconsciente. Trata-se das neuroses através da fala do paciente (livre associação), da interpretação de sonhos e da resistência. O paciente fala tudo que lhe vem à mente; cabe ao psicanalista interpretar de forma decisiva o que ele quis dizer inconscientemente, ajudando-o no autoconhecimento. O propósito é descobrir, no inconsciente dos seres humanos, suas necessidades, complexos, traumas e tudo que perturbe seu equilíbrio emocional.

A visão da psicanálise de Sigmund Freud trouxe avanços importantes para os estudos mais atuais. Podemos observar isso na aprendizagem, cura de fobias e traumas, medos, estado emocional e outras contribuições de problemas originados no processo emocional.

A psicologia é a ciência que se preocupa com o comportamento humano em seus diversos aspectos. Pode-se afirmar que o psicólogo se ocupa, antes de tudo, com a mente consciente do homem, utilizando-se de recursos de sua especialidade. Consulte sobre as diversas abordagens da psicologia.

A psiquiatria se ocupa das doenças mentais, ou melhor, dizendo, “transtornos mentais” de origem orgânica, geralmente apresentando lesões do córtex cerebral, e sua terapia se efetua por meio de processos medicamentosos, cirúrgicos, entre outros. Recorremos a psiquiatria no caso das psicoses (denominação comum de qualquer doença mental caracterizada pelas distorções na percepção da vida real da pessoa). Determinados estados mentais patológicos levam o indivíduo a apresentar comportamento antissocial, como por exemplos: a esquizofrenia, o transtorno bipolar, síndrome do pânico, entre outros.

Ainda existe o grande tabu que é procurar um profissional que cuida da saúde mental.

Os cuidados com a saúde mental ainda são um grande tabu em nossa sociedade. Muitas pessoas pensam que apenas quem passa por problemas muito graves precisa fazer terapia. Mas, não é bem assim, todos nós em algum momento da vida, necessitamos ser ouvidos e precisamos falar das dificuldades. Toda pessoa que sofre e deseja uma mudança psíquica irá se beneficiar quando escutado, pois encontrará em quem o ouve de forma não julgadora e ética, uma via para buscar alternativas e possibilidades de novas formas de lidar com o sofrimento.

A psicanálise também trata crianças? Como funciona?

Uma criança não chega ao consultório e começa a falar sobre suas dificuldades. É por meio do processo lúdico (as brincadeiras) que se pode perceber e interpretar diversos comportamentos. Ao brincar, a criança se revela em toda a sua espontaneidade. Ela não consegue esconder nenhum dos seus sentimentos (medo, ansiedade, traumas, etc.). Para a psicanálise, existe uma relação entre a forma de brincar e as associações livres (fala) na análise de adultos, levando em consideração as diferentes maneiras do brincar e suas respectivas fantasias inconscientes.

Porque deitar no divã? O que o Freud entendia sobre essa forma de fazer terapia?

Para Freud, o ato de se deitar no divã representa a entrega do paciente ao processo analítico, a permissão, ainda que inconsciente, para que a psicanálise seja desenvolvida tocando em seus pontos mais sensíveis, sem que haja qualquer julgamento por ambas as partes.

O que os sonhos revelam?

Para a psicanálise não se entende os sonhos como adivinhações ou previsões sobre o futuro. As alegorias dos sonhos nada mais são que a realização de desejos escondidos em nossa mente — na maioria das vezes, reprovados pelo superego (regras que apontam o que é certo ou errado), o censor da psique. Podem ainda ser desejos reprimidos ou pensamentos, medos ou preocupações.

Quando se recomenda fazer terapia?

- Quando a pessoa se sente muito sobrecarregada para lidar com seus problemas; - Na existência de conflitos internos ou de relacionamento; - No caso de estresse, ansiedade ou irritação por um longo tempo; - Em estados deprimidos ou por quererem ajuda para uma doença crônica que está interferindo no bem-estar físico ou emocional; - Para ultrapassar traumas, processos de luto, sentimentos de medo; - No tratamento das compulsões, transtornos alimentares etc. - Ou simplesmente por a pessoa desejar se autoconhecer.

A cura psicanalítica, segundo os psicanalistas, é um processo lento e gradativo. Quando uma pessoa precisar de um psicanalista, deve recorrer a uma instituição psicanalítica que lhe indicará alguns nomes para a sua escolha.

Antigamente as consultas de psicanálise eram excessivamente caras e somente possíveis para pessoas de alto poder aquisitivo. Porém, nos dias atuais com a disseminação da psicanálise, cada dia mais os valores das consultas psicanalíticas estão se adaptando a realidade da população brasileira. Além da percepção cada vez maior que a sociedade tem tido da importância do trabalho profissional do psicanalista.

Lane Lucena Psicanalista Clínica Infantil ................................................................. Com especializações em psicologia e saúde mental e psicopedagogia clínica, realiza tratamento psicanalítico do sofrimento psíquico em geral, tais como: fobias, ansiedades, depressões, obsessões, impulsos auto e heteroagressivos, angústias e psiconeuroses.

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